Relendo a lista dos filmes que o blog se propõe a abordar, me deparei com a Trilogia das Cores (“A liberdade é azul”, “A igualdade é branca” e a “A fraternidade é vermelha”), do polonês Krzysztof Kieslowski, e pensei que precisava ter aqueles filmes em casa. Comprei o box semana passada.
As três cores são uma referência à bandeira francesa e o projeto surgiu em 1989, em comemoração ao bicentenário da Revolução Francesa. Quando se pensa numa trilogia inspirada em tal marco histórico, alguns logo imaginam que os filmes abordam as grandes questões da revolução, sob o ponto de vista coletivo. Porém, Kieslowski optou por tratá-las sob a perspectiva do indivíduo, mostrando como são utópicas as idéias de liberdade, igualdade e fraternidade nos dias de hoje.
O primeiro filme conta a história de Julie (Juliette Binoche), que perdeu o marido e a filha num acidente de carro e faz de tudo para tentar libertar-se do passado.
O segundo é sobre a vingança de um marido abandonado pela mulher e o terceiro sobre a relação de uma modelo com um juiz.
Originalmente, os filmes não carregam as palavras liberdade, igualdade e fraternidade, como bem observou a estudiosa da obra de Kieslowski, Andrea França, nos extras dos DVDs. Eles são simplesmente “Trois couleurs: bleu”, “Trois couleurs: blanc” e “Trois couleurs: rouge”. A explicação, para ela, é simples: os três conceitos são abordados nos três filmes. Nos extras, é possível encontrar também uma entrevista com o diretor e algumas considerações que faz sobre determinadas cenas. Nos de “Bleu”, ele explica detalhadamente a cena em que Julie está num café e há um close de cinco segundos e meio em que ela mergulha um torrão de açúcar num cafezinho: “Quis mostrar o universo da personagem, o quanto nada que a cerca a interessa”. Kieslowski, logo depois do lançamento de “A fraternidade…”, anunciou que se aposentaria e morreu dois anos depois, precocemente, em 1996.
Bela escolha!
Uma das melhores trilogias, e pra mim ‘A Fraternidade é Vermelha’ é um dos meus filmes prediletos – TOP 10.
PArabéns!
Vitor Stefano
Sessões
Li uma entrevista do Krzysztof Kieslowski, há séculos, na qual ele afirmava que não fazia mais filmes por que não se considerava um bom diretor. Eu sempre o achei um gênio. Pena que alguns diretores medíocres que tem por aí não pensam da mesma forma…
Como disse um amigo, cinefilomaníaco também… o grande segredo para entender a Trilogia é, justamente, saber saborear os silêncios – onde estão os discursos mais gritantes, no interior de cada um de nós.
Oi, Mari. Assistindo uma entrevista com ele, nos extras da caixa de DVDs, me impressionou muito uma frase dele ao justificar sua aposentadoria precoce: “Não sou fã de cinema. Ser diretor, para mim, é uma profissão”
Belissima escolha!
A “Trilogia das Cores” é uma coleção indispensável a qualquer apreciador da arte…
Beijos meninas!
OLÁ PESSOAL DO “CLUBE DO FILME”. EU ESTAVA PROCURANDO NO GOOGLE ALGUNS FILMES ESTRANGEIROS, INCLUSIVE A TRILOGIA DAS CORES…EU CRIEI UM GRUPO NO FACEBOOK, PARA AMIGOS QUE AMAM O CINEMA…SE CHAMA “SALA DE CINEMA!”…É UM GRUPO FECHADO….UM ESPAÇO ONDE POSTAMOS FILMES QUE GOSTAMOS E QUE ACREDITAMOS QUE DEVAM SER VISTOS POR NOSSOS AMIGOS…OS PARTICIPANTES PODEM COMENTAR OS POSTS, INSERIR FILMES, SUGERIR QQ IDEIA QUE ACRESCENTE…ASSIM, GOSTARIA QUE VCS COMPARTILHASSEM OS FILMES QUE VCS CURTEM COM O NOSSO GRUPO…SEREMOS GRATOS SE PUDERMOS TROCAR FIGURINHAS…SAUDAÇÕES…MARCOS
Alguém pode me indicar algum site, que possa baixar a trilogia!?
vagabundo compra o filme… essa cultura de apenas ver filmes na net é o que esta matando o cinema
deixe de bla bla bla e pelo menos indique onde comprar.
I am in fact pleased to read this blog posts which contains tons
of useful information, thanks for providing
these kinds of information.